O Brasil está entre os dez países mais visados por cibercriminosos. De acordo com dados divulgados pela empresa de segurança Symantec na última terça-feira (8), o número de vítimas brasileiras em ataques na Internet só é superado por outros sete países, como Estados Unidos, China e Índia – nenhum deles está na América Latina. O estudo recente também revelou uma mudança de estratégia das ameaças: em 2013, elas passaram a se concentrar mais em organizações em todo o país.
Os ataques no Brasil também estão ficando mais elaborados. Com isso, os criminosos tendem a gastar mais tempo planejando investidas maiores. “Uma violação enorme pode valer o equivalente a 50 ataques menores”, diz o especialista em segurança digital da Symantec, André Carraretto.
“Enquanto o nível de sofisticação continua a crescer entre os criminosos, a surpresa é de que no último ano eles ficaram mais pacientes e esperam para agir até que a recompensa seja maior e melhor”, conclui.
A percepção é de que os hackers notaram que seria mais proveitoso atacar companhias e organizações que detêm muitos usuários cadastrados do que ir em busca das informações de usuário em usuário. Com isso em mente, foram roubados dados de mais de meio milhão de pessoas em todo o mundo só em 2013, um aumento de 62% se comparado com o ano anterior, segundo o levantamento.
No Brasil, empresas com mais de 2,5 mil funcionários dos setores de manufatura, construção e serviços profissionais foram as mais afetadas. Segundo a Symantec, o cenário tentador para ataques é proporcionado pela popularização e consequente aumento de dados transferidos via smartphones, aplicativos e outros serviços online.
Mas, há maneiras simples de evitar ser uma das vítimas desse tipo de crime, seja de uma grande violação de dados, um ataque dirigido ou spam comum. Confira as dicas:
1) Comportamento seguro
Escolha uma senha forte e mantenha seus aparelhos, inclusive em smartphones e tablets. Mantenha os dispositivos atualizados com o software de segurança mais recente, especialmente se costumar baixar conteúdo de fora das lojas oficiais, como App Store e Google Play Store.
2) Fique atento aos detalhes
Revise extratos bancários e faturas de cartão de crédito em busca de irregularidades. Seja cauteloso ao lidar com e-mails não solicitados ou inesperados e desconfie de ofertas online que parecem boas demais para ser verdade.
3) Conheça mais sobre os serviços que contrata na Internet
Familiarize-se com as políticas de varejistas e serviços online que podem solicitar suas informações bancárias ou pessoais. Como boa prática, procure o canal oficial caso seja necessário enviar informações sigilosas.