São Paulo — Uma nova hipótese para o sumiço do Boeing 777 da Malaysia Airlines tem sido discutida por especialistas: o computador do avião pode ter sido invadido por hackers, que teriam assumido o controle da aeronave.
Embora não haja indícios concretos de que isso tenha acontecido, a ideia não é maluca como pode parecer à primeira vista. Estudos apontam que o ataque a um computador de bordo é possível sob certas condições.
Até a Agência Federal de Aviação (FAA) americana expressou preocupação com isso. O assunto é tratado num documento publicado em novembro no Federal Register, o diário oficial dos Estados Unidos.
Nesse texto, a FAA detalha exigências especiais de segurança para algumas variantes do Boeing 777-200, o mesmo modelo de avião que desapareceu no voo da Malaysia Airlines.
O texto diz que a Boeing havia feito modificações no avião, instalando uma rede de dados que conecta os sistemas eletrônicos a bordo. Equipamentos que antes funcionavam isolados um do outro, como o sistema de entretenimento e o computador de voo, passariam a ser conectados em rede.
Por isso, a FAA estabeleceu que, para renovar a certificação de segurança do avião, a fabricante teria de demonstrar que não seria possível invadir os sistemas de dentro do avião; e que o nível de segurança dele não seria afetado pelas modificações.
Há quase um ano, durante a conferência Hack in the Box, em Amsterdã, o especialista Hugo Teso demonstrou um método para invadir, de longe, o computador de bordo de um avião usando um smartphone com Android.
Veja a apresentação. a seguir.